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Câmara de Teresina exonera servidores ligados à vereadora Tatiana Medeiros

Por Redação
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A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Teresina exonerou todos os servidores e assessores comissionados vinculados à vereadora Tatiana Medeiros (PSDB). A informação foi confirmada pelo presidente da Casa, vereador Enzo Samuel (PDT), durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (15).

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Também foi suspenso o pagamento da verba indenizatória destinada à parlamentar. As ações foram tomadas após o afastamento cautelar da vereadora, determinado pela Justiça — ou seja, ainda não é uma decisão definitiva, mas uma medida temporária de precaução.

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Segundo Enzo, a Câmara segue colaborando com as decisões judiciais e adotando as providências legais cabíveis diante da situação.

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“Ela continua sendo vereadora, porque o processo ainda não transitou em julgado. Mas está, sim, afastada do exercício do mandato. O gabinete e a verba indenizatória são direitos vinculados ao exercício da função. Como ela não está atuando, a Câmara, por decisão do colegiado, entendeu que, neste momento, era necessário exonerar todos os seus cargos e suspender a verba indenizatória”, explicou Enzo Samuel.

Resolução Administrativa n.º 004/2025, apresentada por Enzo Samuel, considera a notificação recebida em 3 de abril de 2025 sobre a decisão da Justiça Eleitoral que determinou a prisão da vereadora Tatiana Medeiros. 

Segundo o texto, a Câmara também recebeu, em 14 de abril, uma nova decisão que impôs medidas cautelares, como a proibição de acesso às dependências da Casa para três servidores comissionados vinculados à vereadora.

“Nenhuma decisão aqui foi tomada de forma isolada ou por vontade exclusiva do presidente. Pelo contrário, houve um estudo detalhado diante da situação. Isso porque o nosso Regimento Interno não prevê, de forma específica, o afastamento de vereador por decisão judicial, o que, aliás, também é comum em outras câmaras pelo Brasil. Nesses casos, é necessário recorrer a interpretações jurídicas e decisões da Justiça. Foi exatamente isso que a nossa Procuradoria fez”, acrescentou o presidente Enzo Samuel.

O documento ainda destaca que, em razão da decisão do Habeas Corpus que negou sua soltura ontem (14), a vereadora continua afastada do mandato. Além disso, o gabinete da parlamentar permanece fechado e sem condições de funcionamento.

Operação 

A Polícia Federal cumpriu, nesta segunda-feira (14/4), três mandados judiciais em Teresina, como parte da investigação que apura a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das Eleições Municipais de 2024.

Foram cumpridas medidas de afastamento e proibição de acesso ou frequência às dependências da Câmara Municipal de Teresina, além da proibição de contato com outros servidores do órgão.

Os cargos de Assessor Especial da Presidência e duas assessorias parlamentares eram ocupados por pessoas relacionadas à vereadora Tatiana Medeiros que foi presa na segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada no último dia 3 de abril.

Investigação

A investigação apontou indícios de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos ilícitos oriundos de facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental.

A quebra do sigilo telefônico dos alvos da Operação Escudo Eleitoral trouxe à tona diálogos comprometedores envolvendo a vereadora Tatiana Medeiros. Em uma das conversas interceptadas, o namorado da parlamentar, Alandilson Cardoso Passos — atualmente preso em Minas Gerais — afirma ter investido mais de R$ 1 milhão na campanha de Tatiana. Em seguida, ele comemora o resultado nas urnas, dizendo que “agora tem a vereadora na câmara para ajudar, que estão com um mandato lá”.

Tatiana está custodiada em um alojamento da Polícia Militar, no Quartel do Comando Geral. Ela foi afastada de suas funções na Câmara Municipal de Teresina pela Justiça Eleitoral. Nessa segunda-feira (14), o TRE-PI negou o pedido de liberdade da defesa e a vereadora continua presa. 

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