A quebra do sigilo telefônico dos alvos da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal, trouxe à tona diálogos comprometedores envolvendo a vereadora Tatiana Medeiros, presa na última quinta-feira (3).

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Em uma das conversas interceptadas, o namorado da parlamentar, Alandilson Cardoso Passos — atualmente preso em Minas Gerais — afirma ter investido mais de R$ 1 milhão na campanha de Tatiana. Em seguida, ele comemora o resultado nas urnas, dizendo que “agora tem a vereadora na câmara para ajudar, que estão com um mandato lá”.

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Em conversa com a vereadora Tatiana Medeiros três dias depois da data do segundo turno das Eleições 2024, o homem cobra o valor gasto. A parlamentar afirma que vai pagar e chega a dizer que venderá o carro.

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A operação investiga um esquema de compra de votos e possível ligação com uma facção criminosa que atuaria no Piauí. Tatiana é apontada como uma das principais beneficiárias do esquema e, segundo as investigações, teria utilizado recursos ilícitos para se eleger.

Na audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (4), o juiz responsável pelo caso decidiu manter a prisão da vereadora, que está custodiada em um alojamento da Polícia Militar, no Quartel do Comando Geral.

Outro nome envolvido na investigação é Stênio Ferreira, padrasto de Tatiana, apontado pela PF como operador financeiro do grupo criminoso. Ele foi afastado de suas funções públicas na Secretaria Estadual de Saúde e na Assembleia Legislativa do Piauí.

Além de Tatiana, de Alandilson Passos e de Stênio Ferreira, uma assessora da vereadora também é investigada. Todos são suspeitos de envolvimento em crimes eleitorais e de integrarem um esquema de corrupção com atuação direta nas eleições municipais.