O tempo de espera para consultas médicas no Sistema Único de Saúde (SUS) atingiu níveis críticos em 2024. Segundo dados do SISREG (Sistema Nacional de Regulação), sistema do Ministério da Saúde responsável por gerenciar o acesso a serviços de saúde, a média nacional de espera é de 57 dias. No entanto, essa média nacional esconde disparidades regionais preocupantes.

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Na capital federal, Brasília, o tempo médio de espera ultrapassa os 150 dias — ou seja, cinco meses — para uma simples consulta médica. O cenário é ainda mais alarmante quando se trata de atendimento especializado, que pode levar anos para ser realizado.

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Por outro lado, o estado com o menor tempo médio de espera é o Piauí, com apenas 10 dias, demonstrando maior eficiência no acesso à atenção básica de saúde.

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O levantamento aponta que a maior parte da região centro-sul do Brasil apresenta índices acima da média nacional. No Centro-Oeste, a espera é de 82 dias; no Sul, 73; e no Sudeste, 67 dias. Já nas regiões Norte (55 dias) e Nordeste (29 dias), o tempo médio é mais baixo, ainda que os desafios estruturais sejam maiores.

A contradição fica evidente ao observar casos como o do Distrito Federal. Mesmo com altos índices de investimento per capita em saúde, o tempo de espera segue entre os piores do país, reflexo, segundo especialistas, de uma gestão pública ineficiente e falhas estruturais no sistema de regulação.

Estados como o Amazonas também enfrentam dificuldades semelhantes, com longas filas e escassez de profissionais, evidenciando os impactos de políticas públicas descoordenadas na área da saúde.