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Uniforme do time Brasil não impressionou, mas não foi o único

Por Redação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação | ascom

As Olimpíadas sempre oferecem a oportunidade de testemunhar performances atléticas extraordinárias e inéditas, mas neste ano, o desfile de uniformes da cerimônia de abertura dos Jogos de Paris 2024 renderam um show à parte. Muita moda esportiva criada por marcas de elite como Dior, Adidas, Puma, Ralph Lauren, Michel & Amazonka, Berluti e muitas outras, provocaram uma rodada de aplausos digna dos torneios olímpicos.

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Os "kits" de roupas que cada equipe competidora usou foram cuidadosamente elaborados para refletir a cultura dos países de origem dos atletas. Dos conjuntos ornamentados da cerimônia de abertura ao vestuário esportivo criado para suportar feitos atléticos inacreditáveis, cada uniforme homenageou o patrimônio cultural, o artesanato, e alguns optaram por utilizar materiais inovadores e sustentáveis. Os uniformes olímpicos também representam uma oportunidade de se destacar no mapa global da moda.

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O uniforme do time Brasil, feito pela Riachuelo, gerou uma onda de controvérsias, recebendo duras críticas nas redes sociais. Alguns comentários sugerem que o traje escolhido para a cerimônia de abertura é muito simples, comum e até conservador. Os atletas puderam escolher entre calça ou saia com jaquetas jeans e chinelos Havaianas. As roupas foram produzidas a partir de um processo de confecção sustentável e artesanal, desenvolvidas em Natal e no semiárido do Rio Grande do Norte.

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De acordo com a diretora de Marketing e Comunicação da Riachuelo, Cathyelle Schroeder, as cores, a alegria do povo e a descontração foi o que primeiro moveu o time de estilistas da Riachuelo a criar as peças. Entre os especialistas em moda, no entanto, muitos criticam a falta de criatividade e representatividade da diversidade brasileira. A escolha por blusas listradas, saias e calças brancas, com jaquetas jeans bordadas com animais da fauna brasileira não enaltece realidades culturais e históricas do povo brasileiro.

Ana Vaz, consultora de imagem e idealizadora do Butique de Cursos, acredita que o traje para a cerimônia de abertura não reuniu os elementos necessários para um evento como os Olímpicos de Paris 2024. "Os uniformes, como um todo, usam soluções de estilo e produção muito simples e comuns, o que não é o que esperamos em um evento tão especial como as Olimpíadas. Quando focamos principalmente nos uniformes da cerimônia de abertura, temos peças que dizem muito pouco sobre nós, sobre o Brasil."

Os países com os uniformes mais elogiados não necessariamente eram os mais luxuosos. Para Paulo Wanderley, Presidente do COB, o “kit” era adequado à ocasião, afirmando que "não é Fashion Week de Paris, são os Jogos Olímpicos de Paris. Arte é arte e a beleza está nos olhos de quem vê".

Schroeder afirma que as críticas estão sendo ouvidas e acolhidas, e que as decisões sobre o projeto dos uniformes foram todas tomadas em parceria com o COB: “O projeto nos orgulha muito. Quando soubemos que a Olimpíada seria orientada pelos pilares de sustentabilidade e equidade, isso guiou grande parte do nosso trabalho. Atualmente, mais de 60% das pessoas envolvidas no projeto são mulheres. Usamos ainda toda a nossa cadeia sustentável, desde a produção dos materiais até a logística. O jeans sustentável, por exemplo, utiliza 70% menos água e inclui tecidos e fibras recicladas. Em termos de oportunidades, estamos contribuindo para o desenvolvimento do semiárido nordestino.”

Outros uniformes criticados ao redor do mundo

Da equipe da Mongólia, elogiada por seus trajes tradicionais que levaram 20 horas cada para serem confeccionados, à surpresa causada pelos trajes italianos criados pela grife Armani e considerados muito simples, o Brasil não foi o único a receber críticas negativas.

O Iran precisou lidar com uma chuva de zombarias provocada por seus kits, que foram comparados a uniformes médicos. A delegação estava usando jaquetas brancas com roupas pretas, todas as mulheres com hijabs obrigatórios.

 A Irlanda também não escapou das críticas, que sugeriam que os irlandeses estavam prestes a fazer caratê. Muitos questionavam onde estava o verde irlandês - cor simbólica da cultura e folclore do país. O verde foi adotado como a cor da rebelião irlandesa, e o trevo verde se tornou um símbolo-chave. A bandeira irlandesa tem três blocos de cores: verde, branco e laranja.

Alguns looks foram considerados pouco esportivos, como os do México. Apesar de ter utilizados uma paleta de cores que destaca o “rosa mexicano” - cor conhecida por representar a “alegria e energia” do país e está presente em plantas, elementos culturais e trajes de diferentes locais - o kit foi considerado casual para a ocasião.

Fonte: ascom

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