Nesta segunda-feira (20), durante a XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o Portal R10 entrevistou com exclusividade o presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM) e prefeito da cidade de Caridade do Piauí, Antoniel de Sousa, mais conhecido como Toninho da Caridade.

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Toninho da Caridade reforçou a importância do evento para os municípios de todo o Brasil, mas em especial os do Piauí. Ele explica sobre como a marcha é um momento para reunir prefeitos com o propósito de indicar suas demandas e tornar realidade as soluções.

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Quanto ao Piauí, o prefeito indica, com alegria, a força que o estado tem quando a classe política vai em peso ao evento. Toninho destaca que além dos prefeitos, mas também assessores, vereadores, vice-prefeitos, entre outros representantes piauienses, estão presentes em Brasília.

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O presidente da APPM ainda explica que o ponto principal da marcha esse ano é a desoneração da folha de pagamentos, uma discussão que vem desde 2011. A medida preza pela substituição da contribuição previdenciária de 20% paga pelo empregador, sobre a folha de pagamentos, por alíquotas que variam de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.

“A pauta desse ano da marcha, que a gente busca, é a discussão da desoneração da Folha, que é uma pauta que está bem discutida aqui no Congresso Nacional, como também no Executivo, e que já está também bem desenvolvido dentro do Supremo Tribunal Federal. O que há é um acordo entre os líderes para que votemos sobre.”, explica Toninho da Caridade.

O prefeito acrescenta que essa desoneração agora traz alguns municípios que ficaram de fora antes, como as cidades que tem previdência própria.

Outro ponto importante indicado por Toninho foi o debate em torno dos precatórios.

“(Esse ano) também traz a novidade com relação aos precatórios. Muitos municípios estão com as gestões inviabilizadas por falta de conseguir honrar seus compromissos, pois o município deve muito aos precatórios, e suas condições.”, aponta o prefeito.

Por fim, Toninho da Caridade assinala sobre os royalties do petróleo, uma conversa, segundo ele, de urgência.

 “A gente precisa discutir urgentemente a divisão do bolo, a divisão dos royalties do petróleo, para que a gente possa investir em saúde, educação, no social e, também, discutir sobre como isso ajuda no déficit da previdência. Esse é o caminho que a gente vê mais curto para a resolutividade hoje. O uso de petróleo está com mais de 12 anos por uma liminar onde poucos são atendidos e mais de 95% ficam de fora da divisão desse bolo.”, argumenta.

A XXV Marcha dos Municípios vai até o dia 23 de maio, e é promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), sendo uma mobilização democrática dos prefeitos.