Segundo relatório de várias consultorias em todo o mundo, a inteligência artificial pode afetar até 300 milhões de empregos em tempo integral no mundo. Outro impacto negativo da IA na sociedade está relacionado à decisões automatizadas, como aquelas tomadas por sistemas de IA em áreas como saúde, justiça e finanças. A falta de transparência desses algoritmos pode resultar em decisões injustas ou discriminatórias, ampliando desigualdades e injustiças existentes. O Congresso nacional precisa regulamentar a matéria com maior brevidade possível.

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O impacto da inteligência artificial na geração de empregos e aumento da desigualdade está entre as principais preocupações de 53% dos brasileiro e 34% estão céticos sobre a possibilidade dos riscos da IA superarem seus benefícios.

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Afinal o que é a inteligência artificial  (IA) que está afetando a todos nós ?

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Inteligência artificial (IA) é uma tecnologia computacional ou um conjunto de tecnologias como redes neurais artificiais, algoritmos e sistemas de aprendizado cujo objetivo é imitar capacidades mentais humanas, tais como: raciocínio, percepção de ambiente e capacidade de tomada de decisão etc.

A tecnologia é desenvolvida com o intuito de que máquinas possam resolver uma série de problemas, indo da grande complexidade da indústria ao corriqueiro cotidiano do homem moderno. Para isso, ela busca aprender com eles graças a uma sofisticada tecnologia de aprendizado, permitindo que a IA aprenda com um grande conjunto de dados e atue por conta própria.  

Existe, por obvio, uma tecnologia por trás, ou seja, Machine Learning  ou aprendizado de máquina, é uma aplicação de inteligência artificial que fornece ao computador a capacidade de aprender e melhorar automaticamente com a experiência, sem ser explicitamente programado. O aprendizado de máquina se concentra no desenvolvimento de ‘softwares’ que podem acessar dados e usá-los para aprender com eles. O processo de aprendizagem começa com observações de dados de modo a procurar padrões e tomar boas decisões com base nos exemplos fornecidos. Desta forma, o objetivo principal é permitir que os computadores aprendam automaticamente sem intervenção humana. Já o Deep learning, ou aprendizado profundo, é um subconjunto do aprendizado de máquina, sendo essencialmente uma rede neural com três ou mais camadas. Essas redes neurais tentam simular o comportamento do cérebro humano – embora longe de corresponder à sua capacidade – permitindo que ele “aprenda” com uma abundância de dados. Apesar de uma rede neural com uma única camada ainda possa fazer previsões aproximadas, camadas ocultas adicionais podem ajudar a otimizar e refinar a precisão. Assim, o aprendizado profundo conduz muitos aplicativos e serviços de IA que melhoram a automação, realizando tarefas analíticas e físicas sem intervenção humana. A tecnologia de aprendizagem profunda está por trás de produtos e serviços diários (como assistentes digitais, controles remotos de TV habilitados por voz e detecção de fraude de cartão de crédito), bem como tecnologias emergentes (como carros autônomos).

Já o processamento de linguagem natural (PLN) é um ramo da inteligência artificial que ajuda os computadores a entender, interpretar e manipular a linguagem humana. A PLN se baseia em muitas disciplinas, incluindo ciência da computação e linguística computacional, em sua busca por preencher a lacuna entre a comunicação humana e a compreensão do computador.

Em algumas vantagens da IA,   está na redução do  “erro humano” nasceu porque as pessoas cometem erros ocasionalmente. Os computadores, entretanto, não cometem esses erros se forem programados corretamente. Desta forma, com a Inteligência Artificial, as decisões são tomadas a partir das informações previamente coletadas aplicando um determinado conjunto de algoritmos.

No que concerne a  disponibilidade de trabalho, um humano médio trabalhará de 4 a 6 horas por dia, excluindo os intervalos. O ser humano é construído para tirar algum tempo para relaxar e se preparar para um novo dia de trabalho. Entretanto, ao utilizarmos IA podemos fazer as máquinas trabalharem 24 horas, 7 dias por semana, sem interrupções. Além de ajudar na repetitividade do trabalho Os assistentes digitais também são usados ​​em muitos sites para fornecer aquilo que os usuários desejam, podendo conversar com eles sobre o que estão procurando. Alguns chatbots são projetados de tal forma que fica difícil determinar se estamos conversando com um robô ou com um ser humano. Ao decidir que caminho tomar, o homem analisará fatores práticos e até emocionais, mas a máquina alimentada por IA funciona conforme o que está programado e fornecerá os resultados de maneira mais rápida.

No aspecto das desvantagens, de acordo observação de cientistas e do público é a ideia de que as máquinas se tornarão tão desenvolvidas que os humanos não serão capazes de acompanhá-las e elas seguirão por conta própria, redesenhando-se a um ritmo exponencial. Outra é que as máquinas podem invadir a privacidade das pessoas e até mesmo ser transformadas em armas. Outros argumentos debatem a ética da inteligência artificial e se sistemas inteligentes, como robôs, devem ser tratados com os mesmos direitos que os humanos. A substituição de empregos por máquinas pode levar ao desemprego em massa e acentuar as desigualdades sociais. Além disso, a IA levanta questões éticas, como a privacidade dos dados e o uso de algoritmos que podem perpetuar preconceitos e discriminações.

As autoridades precisam, com urgência, regulamentar a IA - Inteligência Artificial, dado a velocidade que a questão está chegando no cotidiano dos brasileiros. O tempo urge.

Valmir Martins Falcão Sobrinho

(Economista e Advogado)