Em um momento de crise, os municípios do Piauí, juntamente com diversos estados, enfrentam desafios significativos decorrentes da redução dos recursos constitucionais provenientes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Esse cenário não apenas afeta as finanças municipais, mas também tem impacto direto em setores essenciais como saúde e educação.

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Nesta quarta-feira (30), o prefeito de Marcolândia, Corinto Matos, participou de uma mobilização de gestores municipais em frente à Assembleia Legislativa do Piauí, em um movimento nacional voltado para a crise que assola os municípios devido às contínuas quedas nos repasses do FPM.

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Em entrevista ao Portal R10, o prefeito de Marcolândia expressou sua preocupação frente a essa desafiadora situação.

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"O momento é de crise. A redução nos repasses do FPM tem impactos diretos na saúde e na educação, já que uma parte considerável desses recursos é destinada a essas áreas. A Constituição estabelece que 25% do FPM são direcionados à educação e 15% à saúde. Entretanto, essa automática diminuição nos repasses prejudica a capacidade de investimento e operação desses setores vitais. Essa queda reflete diretamente em prejuízos aos serviços prestados à população. As associações de municípios, principalmente do Nordeste, estão unidas nessa paralisação para chamar a atenção do presidente Lula sobre a necessidade de uma revisão nos repasses de recursos constitucionais", ressaltou o gestor.

No Piauí, cerca de 180 prefeitos participaram da mobilização presencialmente na ALEPI, enquanto mais de 200 aderiram à paralisação, demonstrando a difícil situação enfrentada pelos municípios.

Corinto Matos também enfatizou a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Piauí, agendada para a quinta-feira (31), e a importância de um diálogo para que o presidente compreenda a realidade enfrentada pelos municípios.

"O presidente estará em Teresina e é crucial que possamos mostrar a ele a demanda que precisa ser resolvida."

Sobre a situação financeira de Marcolândia, o prefeito Corinto destacou a administração prudente e focada no equilíbrio, apesar das dificuldades.

"Agradecemos a Deus por uma gestão responsável e consciente. Mantemos os salários em dia, inclusive o pagamento de agosto será efetuado dentro do mês. Lidamos com fornecedores em meio à diminuição dos repasses para saúde e assistência social, administrando de forma otimizada. Acreditamos que após essa mobilização, as condições irão melhorar."

O envolvimento do prefeito Corinto Matos e de outros gestores municipais ressalta a necessidade de medidas urgentes para atenuar o impacto das quedas no FPM nas administrações locais. A união desses esforços visa sensibilizar o governo e buscar soluções que assegurem a contínua operação dos serviços públicos essenciais.