
O FUTURO DO EMPREGO

O Economista Americano Robert Reich, que foi ministro do Trabalho dos EUA tem insistido no fato de o crescimento econômico dos últimos tempos não ter sido capaz de gerar os empregos esperados para jovens e adultos.
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De fato, nos últimos trinta anos, o PIB do mundo dobrou e a pobreza foi multiplicada por dez. Isso dá uma ideia do descompasso existente entre o progresso econômico e o progresso social. A sociedade moderna não está conseguindo transformar prosperidade material em bem-estar, ou seja, os frutos do avanço econômico e da globalização estão sendo apropriados por poucos.
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A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também anuncia que mais de 1 bilhão de seres humanos são subutilizados por sofrerem dos males do desemprego e do subemprego. A maior parte desses desafortunados está nos países mais pobres.
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A força de trabalho do mundo está em torno de 3,5 bilhões de pessoas. Destas, segundo a OIT, cerca de 350 milhões não têm nada o que fazer. É o desemprego absoluto. Não se trata de pessoas que desistiram de procurar trabalho ou que não querem trabalhar. Pelo próprio conceito de desemprego, são seres humanos que saem de casa diariamente á procura de trabalho e não encontram.
Está aí uma grande contradição. O mundo faz nascer centenas de milhões de pessoas que não têm o que fazer, perdendo o mais valioso capital de que os homens dispõem: o capital. E as novas tecnologias anunciam que a subutilização dos trabalhadores tende a se alastrar, atingindo até os mais educados. Daí se conclui que a revolução tecnológica força a obsolescência humana, uma tragédia anunciada.
Um grande dilema: não é qualquer tipo de investimento que gera os empregos necessários, assim como nem sempre o país que avança na produção avança no emprego. Um desafio para os países em crescimento e os menos desenvolvidos para o qual as políticas públicas, as empresas e a sociedade em geral têm de encontrar uma solução.
Quando foi criado os BRICs para agrupar os países que tinham a maior potencialidade de crescimento, referindo-se, especificamente, a Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul, no começo, o Brasil entrava como grande esperança. Hoje, o Brasil cresce pouco, a Rússia cresceu em média de 6,7%, a Índia, 8,2% e a China, 10,2%. São diferentes brutais, que colocam o Brasil na rabeira.
As razões são claras, a China investe em média de 43,8% do PIB, a Rússia investe 20,6% e a Índia, 30,6%. Os investimentos do Brasil, que consideram não ter chegado a esse percentual.
O Brasil está dentro da pandemia mundial que se caracteriza pelo descompasso entre crescimento e emprego. Mas o nosso país tem crescido muito pouco nos últimos 25 anos. O grande desafio é crescer mais e, de forma sustentada, modernizar as instituições, educar melhor, aumentar a produtividade e ampliar as oportunidades de emprego.
O Brasil tem todas as condições para se transformar em uma nação de muitos empregos, a despeitos da revolução tecnológica que está em curso.
Aqui está tudo por ser feito. Nossa infraestrutura é precária. O déficit habitacional é enorme. A necessidade de energia é imensa. Só nesses setores, o deslanche de obras e construções tem uma capacidade colossal de gerar novos postos de trabalho.
É claro que, se as reformas tivessem sido feitas há dez ou quinze anos, estaríamos em um ambiente maravilhoso para investir mais e tirar o máximo proveito dos bons ventos que sopram na economia mundial, dando ao povo brasileiro melhores condições de trabalho. Com as reformas da previdência, administrativa e a reforma tributária em curso, resta-nos trabalhar em dobro e não esquecer o que é fundamental para se chegar ao sucesso: qualidade nos produtos, seriedade no trabalho e humildade na conduta.
O que se tem que fazer é investir em educação, em todos os setores e níveis, pois, com uma boa educação e um tratamento condigno dos colaboradores, pensando sobretudo na juventude, como fez a Coreia do Sul, podemos pensar no Brasil como um pais de primeiro mundo com todo o seu potencial,
Aqui, também, sobrou para os produtores colaborarem como podem, ajudando a educar e a cuidar da saúde dos nossos irmãos. Mas sobrou muito para a juventude. Nós, os mais velhos, fizemos o que deu para fazer e deixamos as bases para a continuidade na trajetória do crescimento. Os jovens é que vão agarrar a bandeira daqui para frente e, tenho certeza, farão do Brasil um país do Primeiro Mundo, pois, um pensador especialista em emprego diz: O Brasil nascerá uma luz que encobrira o obscurantismo do passado e iluminará os anos do futuro.
Valmir Martins Falcão Sobrinho
Advogado e Economista
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